6.10.08

PAS DE DEUX


Por Roberto Dupré

É impossível ser borboleta sem
ter sido larva, com toda sua feiúra
Clarice Lispector


É tarde da noite. E você que sempre dormiu como anjo, agora seu sono já não é tão tranqüilo como antes. O cenho franzido. Não há paz sob as pálpebras.
Onde foram parar aquelas noites felizes e coloridas, quando eu roçava sua nuca com os lábios e você sorria e se aninhava nos meus braços?
Nem posso pedir, de volta, os seus sonhos.
Nem os meus. (outubro de 2008)


Las horas de la vida
Las cartas del silencio
La sombra y sus desígnios
Diga qué juego
Para seguir perdendo
Neruda

4 comentários e flerte(s):

Escrevivendo "Fragmentos de Mim" disse...

Roberto,você está tão romântico...
Lindo de viver! KK

Benedito Deíta disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Benedito Deíta disse...

A humanidade nos assemelha e nos diferencia. Perceber o outro em seu sono, nos seus sonhos, as mudanças a que são obrigados ou escolhem, e permitir o mesmo aos outros. Guardar lembranças de sonhos e tê-los sonhados nos garante ser únicos apesar de semelhantes.
Benedito

Benedito Deíta disse...

A humanidade nos assemelha e nos diferencia. Perceber o outro em seu sono, nos seus sonhos, as mudanças a que são obrigados ou escolhem, e permitir o mesmo ao outro. Guardar lembranças de sonhos e tê-los sonhados nos garante ser únicos apesar de semelhantes.
Benedito