8.10.08

SER O NÃO SER









Por Roberto Dupré





São quatro e meia de uma tarde interminável de terça- feira.
(E a semana está só começando)
O jovem narciso atravessa o salão completamente nu. Mas ninguém nota
O velho cometa atravessa o infinito. Mesmo brilhando, sabe que vai de lugar algum para lugar nenhum.
Apenas vaga pela imensidão. E ninguém vê.
As covinhas dela são lindas.
Mas ela vê através de mim, como se eu fosse uma janela.
Quero voltar para o passado: só lá tenho futuro.
Sou mais uma piada sobre o não ser.
(E a semana está apenas começando)
( outubro de 2008)

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