27.8.08

Segunda aula (23-08-2008)

Nosso segundo encontro teve início com uma deliciosa contação de histórias. Mafuane nos envolveu com a História das Histórias, entretendo-nos e emocionando-nos com a verdade de sua narrativa.

Em seguida, fizemos a dinâmica do chaverueiro (que retiramos da contação de história), em que cada escrevivente compartilhou sua experiência do primeiro beijo. Em uma caixinha de papelão em forma de coração, depositamos os textos - a maioria sem assinatura - e, conforme o seguinte refrão terminava, a pessoa com quem o chaveirueiro parava lia um texto qualquer da caixinha para os demais:

Anda, roda, chaverueiro,
Anda, roda sem cessar,
Quando o chaverueiro parar,
Uma história eu vou contar.

Houve a sugestão de cada autor ler seu próprio texto, o que não julgamos pertinente na dinâmica de grupo, uma vez que nosso intuito é também exercitar a recepção do texto escrito pelo outro. O trabalho foi uma delícia. Logo vimos como temos bons participantes nesta turma, pois os primeiros textos revelaram-se deveras ótimos já. Essa dinâmica foi extensa, mas, sem pressa, trocamos experiências, nos emocionamos e nos divertimos muito também.

Ao término das produções dos escreviventes, li para o grupo o capítulo "O penteado", de D. Casmurro, em que Bentinho narra seu primeiro beijo com Capitu. Como esperávamos, o texto fez o maior sucesso, tendo suscitado comentários sobre a obra de Machado de Assis, mais especificamente, sobre seu estilo refinado e sua maneira elegante e delicadíssima de tratar a sensualidade. Concha nos lembrou do conto "Uns braços", um dos meus prediletos também. Fica a sugestão, caro leitor.

Ainda antes do intervalo, aquecemos uma discussão sobre os "tipos de amor" e sobre a mudança do sentimento amor ao longo do tempo: será que ele muda mesmo ou são os comportamentos, as relações sociais que mudam? Ao voltar do intervalo, continuamos o debate - acalorado! - e, ao que parece, concluímos serem mutáveis somente os comportamentos, pois o amor, em seus variados tipos (erótico, de amizade, familiar e caritativo) não muda nunca. Não quisemos com o debate estabelecer uma tipologia do amor, e sim apenas refletir sobre como enxergamos esse sentimento e, quiçá, sobre como o sentimos.

Concluímos nosso encontro com o pedido da tarefa para a próxima aula: um miniconto, quer dizer, uma pequena narrrativa, sobre uma experiência amorosa. Então perguntamos a todos se pensavam em manter a idéia do que já haviam escrito ou não e qual seria a nova idéia. Combinamos de trocar os textos uns com os outros pela internet até sábado, a fim de chegarmos à Casa das Rosas conhecendo o que o colega escreveu. Estamos escrevendo, lendo e, cada vez mais, nos apaixonando.

Na próxima aula, pretendemos inciar com uma dinâmica (a ser descrita depois) sobre a memória e com a leitura mútua dos textos. Em seguida, teremos um pouquinho de teoria sobre o parágrafo e, ao final, uma revisão do texto em duplas, para uma leitura mais crítica das escrevivências.

Até a próxima semana, queridos!

1 comentários e flerte(s):

Anônimo disse...

Meninas, não foi essa a tarefa que eu entendi. Entendi que devíamos fazer um roteiro para um miniconto.
De qualquer forma, eu fiz um roteiro e já desenvolvi dois terços da coisa. Não tá ficando tão mini, mas tô gostando.

Sábado tô aí com o roteiro e tb com o que já desenvolvi.

Beijos pra todo mundo.

Paulo Mayr