18.9.08

Hipoglicemia


Sentindo o ácido da estupidez
Gerado pela sonolência do raciocínio
Agora eu vejo o quanto é amargo
Agora eu sinto a distância que está daqui
Acometido por sudorose excessiva

A acidez vai mergulhando pelas entranhas
Se agarrando com unhas de gatos
A cada salivar amargo engolido
Perfurando o ventre, minando as forças
Restam tremores

Procurando encontrar a maneira de perpetuar
A tranquilidade no sorriso, a confiança no olhar
Andando a passos tão cambaleantes e incertos
Cometidos pelo baixo nível de açucar
Quase que rastejo pelas paredes
Me amparando para não beijar o chão
E desfigurado nem ao espelho se reconhecer

Mas o olhar diluído, duplo, cíclico
Se volta para você oferecendo brilho
Almejando, o corpo que cai,
Cair em seus braços macios, porém, escorregadios
E do seu colo visceral
Vir a emergir desse coma latente
Restam uma fome aguda de amar


*inspirado na estrela que brilha no meu pedaço de ceú.

Abreijos

1 comentários e flerte(s):

Escrevivendo disse...

Muitas frutas ácidas guardam a propriedade de nos proteger, de melhorar nosso sistema imunológico. O açúcar, por sua vez, torna o sangue mais espesso, viscoso, difícil de fluir.

Nossa, agora comecei a viajar, pensando nas mitocôndrias...

Belo texto, Pedro, gostei muito, mesmo.

Loreta